Literatura | Gospel | Pequena reflexão Lucas 15 : 10.


Os fariseus, escribas e conhecedores da Lei estavam murmurando e reclamando, porque Jesus recebia, comia e fazia companhia às pessoas tidas como “pecadoras”, de má vida e assim por diante.Jesus, contando a parábola da ovelha que se perde e a alegria que significa encontrá-la, é como se Ele estivesse dizendo que ‘para Deus nada está perdido!’. Ou mais ainda, que o perdido é mais importante que os noventa e nove que parecem achados. É mais alegria para um pai que tem seu filho de volta do que aqueles que já estão ali com ele, não que sejam sem importância; de forma nenhuma, é que aqueles que estão com ele precisam junto dele buscar o que está perdido.A Igreja não pode se conformar só com as pessoas que vão à Missa, aos cultos e grupos de oração. Pelo contrário, a alegria da Igreja é fazer-se presente onde as ovelhas de Cristo estão distantes, onde os filhos de Deus estão pelo mundo. Por isso, não pode haver tempo difícil nem pessoas perdidas. O que se perde, muitas vezes, é a fé, a esperança e a convicção de que para Deus nada é impossível.Por isso, ninguém pode ser excluído, discriminado e considerado perdido, porque a graça de Deus vai além das nossas possibilidades. Desse modo, precisamos saber ser presença no meio do mundo e da sociedade, não para julgar nem para condenar, mas para ser sal, fermento e luz, ser uma presença amiga.Não tem por que discriminar, julgar nem condenar ninguém; precisamos ser melhores no compromisso e na santidade, mas jamais deixar de amar qualquer pessoa. Até a pessoa que já foi desqualificada, tida como alguém de má vida, precisa ser acolhida, amada e cuidada.Nós, muitas vezes, precisamos estar mais próximos daqueles que parecem perdidos do que somente entre os que parecem santos. É ali que precisamos estar, para sermos uma presença amorosa do Reino de Deus.A nossa missão é resgatar o que parecia perdido, porque pode ser que o “perdido” seja salvo ou chegue primeiro a Deus do que nós, que já nos achamos salvos e santos.