Os
fariseus, escribas e conhecedores da Lei estavam murmurando e
reclamando, porque Jesus recebia, comia e fazia companhia às pessoas
tidas como “pecadoras”, de má vida e assim por diante.Jesus,
contando a parábola da ovelha que se perde e a alegria que significa
encontrá-la, é como se Ele estivesse dizendo que ‘para Deus nada
está perdido!’. Ou mais ainda, que o perdido é mais importante
que os noventa e nove que parecem achados. É mais alegria para um
pai que tem seu filho de volta do que aqueles que já estão ali com
ele, não que sejam sem importância; de forma nenhuma, é que
aqueles que estão com ele precisam junto dele buscar o que está
perdido.A Igreja não pode se conformar só com as pessoas que vão à
Missa, aos cultos e grupos de oração. Pelo contrário, a alegria da
Igreja é fazer-se presente onde as ovelhas de Cristo estão
distantes, onde os filhos de Deus estão pelo mundo. Por isso, não
pode haver tempo difícil nem pessoas perdidas. O que se perde,
muitas vezes, é a fé, a esperança e a convicção de que para Deus
nada é impossível.Por isso, ninguém pode ser excluído,
discriminado e considerado perdido, porque a graça de Deus vai além
das nossas possibilidades. Desse modo, precisamos saber ser presença
no meio do mundo e da sociedade, não para julgar nem para condenar,
mas para ser sal, fermento e luz, ser uma presença amiga.Não tem
por que discriminar, julgar nem condenar ninguém; precisamos ser
melhores no compromisso e na santidade, mas jamais deixar de amar
qualquer pessoa. Até a pessoa que já foi desqualificada, tida como
alguém de má vida, precisa ser acolhida, amada e cuidada.Nós,
muitas vezes, precisamos estar mais próximos daqueles que parecem
perdidos do que somente entre os que parecem santos. É ali que
precisamos estar, para sermos uma presença amorosa do Reino de
Deus.A nossa missão é resgatar o que parecia perdido, porque pode
ser que o “perdido” seja salvo ou chegue primeiro a Deus do que
nós, que já nos achamos salvos e santos.